Haimar Zubeldia Ciclista perseverante e trabalhador que conseguiu terminar 15 edições do Tour de França

Haimar Zubeldia Ciclista perseverante e trabalhador que conseguiu terminar 15 edições do Tour de França

Além de campeões e de gregários, no pelotão profissional há alguns ciclistas com brilho efémero. E apenas alguns são capazes de se manter regulares com um grande nível temporada após temporada. Este é o caso de Haimar Zubeldia, nascido em Usúrbil em 1977, é um ciclista perseverante e trabalhador que conseguiu terminar 15 edições do Tour de França, cinco das quais no Top 10. Defensor convicto da cultura do desporto e do bem-estar, após a sua retirada como ciclista profissional de estrada na sua querida Clássica de San Sebastián em 2017, este embaixador da Trek goza o seu tempo em casa acompanhado pela sua família. E com as suas bicicletas.

“Eu ando de bicicleta praticamente todos os dias. Tenho a vida que realmente sempre desejei ter.”

Haimar Zubeldia

Entrevista Haimar Zubeldia

Depois de terminar a carreira profissional de estrada, participou em numerosas competições de BTT por etapas: Mediterranean Epic, Titan Desert, Costa Blanca Bike Race, Vuelta a Ibiza, entre outras. O que te traz o ciclismo de montanha?

Quando competia em estrada, também praticava BTT no inverno como preparação. E nas categorias mais baixas fiz ciclocrosses. Sempre gostei de trocar o asfalto por outro terreno. O ciclismo de montanha é mais divertido, especialmente em termos de descidas. Felizmente, tenho um bom amigo que se destaca a descer, o Milton Ramos. Ele foi o meu professor. Aprendi muito a segui-lo e a imitar as suas trajetórias. Aqueles de nós que vêm da estrada tendem a andar e a olhar para muito perto, e o que tens de fazer é levantar a cabeça e olhar um pouco mais para a frente, porque no BTT temos de antecipar muito mais coisas. Na estrada, se não houver um buraco, nas descidas basta traçar as curvas o mais rápido possível, mas no BTT há muitas mais coisas: os saltos, as raízes, os regos, as pedras, os drops, coisas no meio do caminho…

Atualmente andas numa Supercaliber 9.9 AXS Project One ICON, uma bicicleta pura de XC pura com 100 mm de curso à frente e 60 mm atrás. O que destacarias sobre esta bicicleta?

Em comparação com a Top Fuel, a minha bicicleta anterior, gostaria de destacar que quando ando com ela bloqueada é quase uma hardtail, e para o que lhe peço numa descida, dá-me e sobra-me. Além disso, uso um espigão telescópico, algo que nos dá uma vantagem, uma vez que reduz muito o centro de gravidade e nas descidas muito pronunciadas garante muito mais controlo e segurança. A Supercaliber é muito rígida, eficiente, leve nas subidas e tem um design que adoro.

Haimar y su Trek Supercaliber

Haimar Zubeldia

Na estrada, depois de alguns anos com a Madone, agora pedalas com uma Émonda SLR 9 Project One ICON com pintura Sweet Gold Leaf. Qual é a tua opinião sobre esta bicicleta? Para que tipo de ciclista é a Émonda?

Até fevereiro, estava a usar a Madone, que quando foi lançada apresentou grandes novidades, com o guiador integrado, travões de disco e nenhum cabo por fora. No entanto, talvez o peso fosse mais alto que o desejado. Mas isso foi corrigido com a segunda versão. A Madone é para pessoas que procuram velocidade e também – graças ao sistema IsoSpeed, que suaviza o comportamento – para quem circule muito em estradas irregulares ou queira maior conforto, uma vez que as bicicletas de hoje são muito rígidas. Já a Émonda, tem tomado muita herança da Madone em termos de aerodinâmica, mas permanece fiel ao seu propósito inicial. É muito leve – em competição podes colocá-la no limite: 6,8 kg” e é uma escaladora incrível. É mais nervosa e, numa subida, se quiseres dar uma aceleração e sair, a Émonda responda muito mais cedo.
Mas falta-lhe o IsoSpeed. Embora se o integrasse, não era uma Émonda, era uma Madone. Esse é o peso extra entre uma e outra.

1/4
2/4
3/4
4/4

Há alguma coisa ou alguém que te surpreenda no ciclismo atual?

Sim, certamente, o Mathieu van der Poel. Sei como é difícil termos destaque numa disciplina, agora imagina como é destacar-se em três… Ele é capaz de ganhar na estrada e passado 15 dias ganhar uma prova de montanha ou no ciclocrosse, onde dizem que é onde ele mais se distancia dos outros ciclistas. E tenho a certeza que se lhe fosse dada uma bicicleta de pista, também se sairia bem. Domina tudo, é incrível. É impossível não gostar do seu ciclismo, porque domina a bicicleta e ganha espetacularmente. E ainda é jovem. Vai fazer a diferença no futuro.

Tem duas filhas. Estão a seguir os teus passos no ciclismo?

Sim, ambas andam de bicicleta, mas não porque eu tenha insistido. A mais nova, de 10 anos, começou este ano. Elas, desde que nasceram, sempre me viram a sair para treinar todos os dias. Além disso, uma joga futebol e a outra basquetebol, mas o ciclismo junta-as. Tento ajudá-las e às vezes saio com elas. O importante é que aprendam a andar na estrada, que conheçam as regras.

Que valores gostaria de passar para os mais jovens?

A minha maior virtude foi a perseverança. Recebi isso dos meus pais, que sempre me disseram ‘se trabalhares, algum resultado virá’, algo que tento sempre transmitir às minhas filhas e que podes aplicar nos estudos ou no desporto. Tens de tentar ser honesto e trabalhar. O resultado chegará, mais cedo ou mais tarde. E as pessoas valorizam muito isso.

Vives em Zarautz, um exemplo de mobilidade urbana. O que é necessário fazer para que as bicicletas passem a ser mais usadas nas cidades?

Zarautz é uma cidade plana na costa, ideal para andar de bicicleta, pois a pedalar chegas mais depressa a todo o lado. Sempre houve cultura de ciclismo e em todas as entradas dos edifícios existem estacionamentos para as bicicletas. Mas em cidades maiores como Bilbau ou San Sebastian as coisas também estão a mudar. Há 30 anos, seria impossível ter uma ciclovia como a que hoje atravessa La Concha, porque tudo era pensado para os carros. A consciência de todos está a mudar e nas cidades ainda mais. Além disso, se vives numa cidade com muitas encostas, vais assistir ao incremento utilização da bicicleta com as pessoas a optarem por uma e-bike. Com a chegada das bicicletas elétricas, a desculpa das colinas há não faz sentido. Com isso, vai dar-se outro passo muito importante.

Haimar

Além disso, a pandemia mostrou que a bicicleta é muito mais do que performance ou lazer. É mobilidade!

Ou seja, a bicicleta não é só para desporto, às vezes precisas de escapar-te. Montas-te na bicicleta e sais a pedalar com uma ideia ou um problema na cabeça, e regressas a casa com a solução. Só precisas de limpar a mente. É por isso que digo que andar de bicicleta é terapia. E funciona.

1/20

Haimar y su Trek Supercaliber

2/20
3/20
4/20
5/20
6/20
7/20
8/20
9/20
10/20

Haimar

11/20
Haimar Zubeldia
12/20
13/20
14/20
15/20
16/20
Haimar Zubeldia
17/20
18/20
Haimar Zubeldia

Entrevista Haimar Zubeldia

19/20
20/20
Haimar Zubeldia

Fotos: @alecubino

Pedala.
Diverte-te.
Sente-te bem.

Oferecemos uma total variedade de bicicletas de montanha, estrada, cidade, e-bikes e modelos de criança.
Encontra a tua bicicleta

About the Author: Trek

A nossa missão: fabricamos apenas produtos que adoramos, oferecemos uma hospitalidade incrível aos nossos clientes e mudamos o mundo ao colocar mais pessoas a andar de bicicleta.