Pelo amor e pelo o esporte Através do Colors In Kona o triatleta brasileiro Thiago Vinhal retribui para a sociedade

Pelo amor e pelo o esporte Através do Colors In Kona o triatleta brasileiro Thiago Vinhal retribui para a sociedade

O triatleta brasileiro Thiago Vinhal sabe o que significa ver grandes sonhos realizados. Em sua vida, ele passou de uma criança amante de esportes para ser o primeiro atleta negro a se qualificar para o Campeonato Mundial do IRONMAN em Kona, onde terminou entre os 15 primeiros em 2017.

Hoje, ele encoraja outros a sonhar alto também. Através de sua campanha, Colors in Kona, ele está apoiando crianças e famílias em periferias brasileiras enquanto molda a próxima geração de atletas negros no esporte que ele adora – e você pode ajudar!

100% das receitas com a venda de produtos Colors in Kona disponíveis no seu revendedor Trek local apoiam essa causa, e a Trek está doando R$ 100 com a venda de cada Speed Concept diretamente para a campanha do Thiago.

Compre um produto exclusivo e apoie a campanha Colors in Kona. Mude vidas. Aqui, Thiago conta sua história e seu próximo grande sonho: ser um modelo para as crianças de seu país.

P: O que o atraiu para os esportes em geral?

Thiago: Eu era uma criança com muita energia. Ficava louco dentro de casa. Quando eu tinha três anos, meus pais decidiram me matricular em uma aula de natação. Lembro-me muito bem da minha primeira aula. Chutava muito, a aparência da água, flutuando. Isso me fez sentir muito, muito bem. Eu estava gastando minha energia e adorei a sensação de pular na água. Então comecei a melhorar. Continuei nadando e adorava estar perto de todos e me conectar com meus amigos. Eu sou apaixonado pelo modo como o esporte pode mudar a vida de alguém. Para mim, ele abriu as portas para tudo.

P: O ciclismo é o último esporte triatlético que você aprendeu. Por que você decidiu pedalar?

Thiago: Quando eu tinha 17 anos, foi o ano fatídico. Eu estava trabalhando como modelo. Estava nadando e correndo na época, não para competir, mas apenas porque gostava de praticar esportes. O chefe da agência de modelos disse: você precisa ter uma barriga tanquinho. O ciclismo indoor foi minha ferramenta para conseguir um tanquinho. Eu precisava fazer mais exercícios aeróbicos. Comecei a pedalar e nadar mais e depois de três meses percebi que basicamente treinava para um triatlo. Eu pensei, deixe-me ver isso mais de perto, acho que existe um esporte que mistura esses três.

P: Como era sua primeira bicicleta?

Thiago: Minha primeira bicicleta custou uns R$ 200 ou R$ 300. Eu estava contando moedas para comprar a bicicleta. Era uma bicicleta muito simples, uma de dez marchas, muito velha. Me apaixonei por aquela bike, era branca e de alumínio. As rodas tinham um perfil mais alto. Eu me lembro da minha primeira pedalada. Eu não tinha sapatilha para ciclismo e os pedais eram achatados com um suporte. Andava de bicicleta em uma rua perto da minha casa e vários caras que se deslocavam para a obra com roupas normais e mochilas passavam por mim. Pensei: ai meu Deus, estou muito mal. Comecei a fazer passeios em grupo e aí o pessoal do triatlo falou: você não pode usar essa bicicleta. Eles me emprestaram uma bicicleta melhor e me ajudaram a encontrar sapatilhas para ciclismo, bermudas e um capacete.

Fico feliz que o triatlo termine com a corrida porque eu adorava correr e já era bom nisso. Isso me deu esperança, já que obviamente precisava melhorar no ciclismo. Continuei treinando e tive a ideia de que quando colocasse os pés no chão eu iria alcançá-los. Outras pessoas tinham muita experiência com a bike. Eu precisava ser paciente. A cada passeio eu ficava melhor. Era só uma questão de paciência.

Cada um de nós tem uma história muito bonita. Você precisa aprender a contá-la para as pessoas de uma maneira suave e motivacional, como uma história positiva. Então elas começam a sonhar com você.

P: Como você passou de uma bike de R$ 300 para um competidor do Ironman?

Thiago: Comecei a treinar com um treinador e ele me disse: você tem potencial para ir para Kona, ficar entre os 15 primeiros do mundo. Eu não tinha uma bike profissional na época. Fui ao banco, peguei dinheiro emprestado em 2016 e fui conversar com o pessoal da loja Trek. Comprei a bike, e esse foi um momento de mudança muito forte para mim. Depois eu fiquei tipo, é isso, agora vou dar duro. Então, pulei para o próximo nível. Antes eu treinava, treinava, treinava, mas se você não tem o melhor equipamento é um problema.

P: Qual foi o seu momento de descoberta nas corridas?

Thiago: Se o seu sonho é ir para Kona, você precisa ser competitivo, não apenas sonhar. Você precisa tomar as melhores decisões durante a corrida. Não basta seguir o plano de treinamento e nutrição, recuperação e sono. Com meu treinador, trabalhei em como tomar decisões. Forcei mais e coloquei mais foco no ciclismo e consegui o quinto lugar no Ironman Brasil, meu melhor tempo até então. Eu fui para Kona em 2017 e 2018. Em 2017, com a minha Trek Speed Concept, cheguei em 13º lugar. Nessa corrida eu fui o brasileiro mais rápido e o primeiro profissional negro a correr em Kona.

Retrato do triatleta brasileiro Thiago Vinhal com a camiseta de ciclismo da Trek

P: Quais habilidades empreendedoras você achou importantes como triatleta?

Thiago: Preciso ser um bom comunicador e explicar o que é um Ironman rapidamente para as pessoas que ainda não sabem, mas ficariam inspiradas pela ideia. Preciso ser bom nas redes sociais e contar minha história de uma forma convincente e rápida. Eu sabia que precisaria construir meu próprio caminho. Minha língua nativa é o português e tive que aprender a falar inglês e espanhol. Tive que aprender um pouco sobre o mercado de triatlo e também ser um convidado interessante para jantar. Cada um de nós tem uma história muito bonita. Você precisa aprender a contá-la para as pessoas de uma maneira suave e motivacional, como uma história positiva. Então elas começam a sonhar com você.

P: Como você está ajudando outros jovens brasileiros de Negros a se conectarem com o triatlo como esporte?

Thiago: Colors in Kona. É um programa para jovens negros em favelas brasileiras. Se as crianças treinarem natação, corrida e tirarem boas notas na escola, eu pago a comida para a família delas. É uma cesta básica para toda a família se alimentar. Eu quero que eles vejam minha história, vejam Kona, vejam o que eles podem fazer. Mesmo que eles não estejam bem agora. Estamos perdendo tantos, tantos deles para os traficantes. O triatlo pode ser mais uma coisa que eles sonham em fazer. Eu só quero que eles tenham um sonho, que sonhem com algo e não se sintam limitados. Cada pessoa que compra produtos da Colors in Kona apoia o programa. Para cada peça de equipamento, posso dar comida para uma família inteira. Consegui sustentar 70 famílias nos últimos três anos. Quando eles olham para mim, eles podem ver a si mesmos. Imagine se eu pegar meu amigo triatleta sueco como modelo, loiro, olhos azuis, parece um príncipe para eles. Eles pensam “Eu nunca poderei ser assim”. Então, eu preciso usar a mim mesmo como modelo para eles. Se eu tivesse um cara negro que pudesse admirar no triatlo como, Michael Jordan ou Tiger Woods, poderia ter usado isso como motivação.

Colors in Kona

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