Próxima Parada: L’Étape du Tour

O casal Parada, dos Alpes Guararemenses aos Alpes Franceses, embarca nessa aventura de pedalar em uma das etapas do Tour de France.

Estamos prestes a embarcar para aquela viagem que será a porta de abertura para o mundo lá fora, e até hoje eu me pergunto como uma “magrela” pôde trazer tantas oportunidades em nossas vidas?!

Somos o “Casal Parada” e aqui quem escreve é a Débora, mais conhecida como “a moça que vai resolver o meu problema” em alguns eventos de ciclismo. Ah, o sobrenome que carregamos não condiz com a nossa realidade, pois estou esperando um final de semana que ficaremos em casa assistindo um filme e desfrutando do ócio.

Voltando à viagem, acredito que se você chegou até aqui, é provável que deva conhecer o L’Étape du Tour de France, então partirei para o assunto principal deste relato.

Sou Gerente de Relacionamento de uma empresa que promove uma prova ciclismo de estrada, chancelada pelo Tour de France, e em grande parte dos eventos temos um representante do L’Étape du Tour que vem ao Brasil para prestigiar as etapas. Para o nosso amigo representante do LDT, usarei o pseudônimo de Dante.

Desde 2021, Dante e Felipe (Sr. Parada) desenvolveram um bom relacionamento. Dante, francês, com um inglês um pouco mais enrolado, Felipe, professor de inglês e amistoso, formaram um belo par durante os eventos, pois são poucos que tentam dar continuidade no inglês arranhado. Em março deste ano, a organização realizou uma das etapas na cidade de Cunha e Dante veio ao Brasil para prestigiar-nos. Conversa vai, conversa vem, Dante propôs ao Felipe que fossemos ao L’Étape du Tour 2023 participar da corrida e Felipe quis que este convite fosse feito diretamente para mim. Pobre Dante, literalmente carregado pelo braço por Felipe até o local onde eu estava.

Durante o atendimento que eu estava prestando à uma atleta, Dante se aproxima sendo empurrado e pergunta: “Débora, você gostaria de participar do L’Étape du Tour?”

Segue o diálogo:

Dante: Débora, você gostaria de participar do L’Étape du Tour?

Débora: Ham?

Dante: Débora, você gostaria de participar do L’Étape du Tour?

Débora e ciclista que estava sendo atendida: Oi?

Dante: Débora, você gostaria de…

Débora e ciclista que estava sendo atendida: Misericórdia!

Débora: CLARO QUE SIM!

Que se faça a loucura de uma viagem internacional! 

Isso não é algo simples, não somos pessoas que podemos simplesmente decidir sair, até do estado que seja, para fazer uma viagem à lazer. Estávamos programando uma viagem para Lisboa há mais de um ano, imagine a mão de obra para uma viagem relâmpago em 3 meses. 

Atletas dedicam anos de planejamento, treinamento e esforço financeiro para realizar uma viagem como essa. Buscamos incansavelmente o apoio de nossos parceiros, conscientes do impacto significativo dessa visibilidade. Expressamos nossa imensa gratidão por todo o suporte recebido.

Uma das situações que nos preocupou foi a questão das bikes, como a danificação do equipamento em viagens e um possível extravio. A cultura do ciclismo na Europa é bastante significativa e enraizada na sociedade. O ciclismo é amplamente valorizado e apreciado como meio de transporte, atividade esportiva e lazer, então não seria complicado encontrarmos uma loja em que o serviço de aluguel de bikes estivesse disponível. Menos dor de cabeça, maior praticidade. Deixaremos as magrelas no Brasil para pedalarmos em uma Émonda e Domane (que eu chamo carinhosamente de Madone) na França. Sim, meus caros, uma “mão na roda”. Vamos falar sobre essa facilidade que não é apenas no próprio aluguel. Em breve falaremos mais sobre o assunto. 

Estou com medo, não nego, é algo totalmente inédito em minha vida. Vamos pedalar tendo o Mont Blanc como background, algo que eu só teria, há algum tempo atrás, apenas em uma montagem de photoshop. 

Assim como nas diversas facetas do nosso dia-a-dia, desejamos compartilhar com aqueles que nos acompanham a sensação autêntica de viver esta aventura. Junte-se a nós nas redes sociais e siga o Instagram da TREK BRASIL para ter acesso exclusivo aos bastidores e acompanhar todos os momentos emocionantes que nos aguardam.

Perdoe-nos se chorarmos ou falarmos pelos cotovelos.