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- 2 Dezembro, 2020
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Uma bela história de Bicicletas sem Fronteiras A bicicleta representa uma redução de 75% no tempo de viagem
Há alguns anos que a Trek colabora com a Bicicletas Sem Fronteiras, uma associação focada na solidariedade e cooperação através do ciclismo. Desde a sua criação, têm vindo a realizar ações destinadas à integração social das pessoas mais desfavorecidas através do ciclismo.
Hoje, queremos partilhar convosco uma bela história desta associação que não só entrega bicicletas como também muda vidas.
A comunidade educativa de Boyar e as bicicletas
Numa encruzilhada de trilhos vermelhos de laterite, que parecem vir do nada mas que vão para todos os lugares, está a aldeia de Boyar. Para alcançá-la é preciso atravessar uma floresta de gigantescos baobás, viajar alguns quilómetros empoeirados e atravessar pequenas aldeias onde as cabanas com telhados de colmo ainda estão preservadas.
Ao chegar à aldeia somos surpreendidos com uma mistura de ordem e azáfama. As manadas de vacas rodeiam o poço de rega da comunidade, as pessoas estão concentradas em torno das poucas lojas da rua principal e, ao fundo, depois de atravessar a aldeia, a agitação cresce na zona onde a comunidade decidiu concentrar as escolas: uma pequena escola maternal, a escola primária e a preparatória que também será secundária a partir do próximo ano letivo.
Boyar é frequentada por estudantes de cerca de dez aldeias vizinhas como Ndiagamba, Sinki ou Ndiol. Todas a distâncias entre três e oito quilómetros e sem qualquer transporte escolar.
No Senegal, chegar pontualmente às aulas é muito importante e chegar atrasado implica sempre penalizações, quer nas notas, quer na perda de conteúdos escolares. Por isso, os estudantes das aldeias mais longínquas devem sempre sair de casa mais cedo e regressam a casa sempre tarde.
O Liceu de Boyar tem 14 salas de aula que podem acomodar mil alunos. Destas, 10 classes foram construídas com o dinheiro das pessoas da aldeia, que criaram uma associação para angariar fundos, organizaram campeonatos de luta senegalesa, peditórios, etc. Com todas as salas construídas, o governo do Senegal tem a obrigação de fornecer ao Liceu os professores necessários e incluí-lo dentro do circuito oficial de institutos. Com esta regularização, todos os alunos da área podem ficar e estudar perto de casa, sem ter que ir viver em áreas mais povoadas.
Um estudante de Ndiol que vive no centro da vila deve andar 10 km por dia (ida e volta). Com uma média de 4 km/hora, leva uma hora e um quarto para chegar às aulas. Se tiver que chegar a tempo antes das 8 horas, deve sair de casa às 6h30 da manhã. Nas aldeias rurais há tarefas matinais que são normalmente feitas pelos mais novos da casa, por isso muitos deles devem levantar-se antes das 6 horas da manhã. Além disso, muitos dos alunos não têm pequeno-almoço até chegarem à escola. À tarde, as aulas terminam entre as 17 horas e as 18 horas. Por isso, chegam a casa às 19h30. Durante grande parte do ano letivo, anoitece cedo, por isso a partir das 18h30 já não é muito seguro, especialmente para as meninas, caminhar pelos locais mais isolados.
A velocidade média em bicicleta é de 15 km/h. Assim, os alunos que têm uma bicicleta percorrem o caminho até à escola em 20 minutos, podendo sair às 7h30 de casa e ganhar uma hora de descanso.
10 quilómetros por dia representam cerca de 230 quilómetros por mês, num total de 57,5 horas a pé por mês, enquanto que de bicicleta são apenas 15 horas.
A bicicleta representa uma redução de 75% no tempo de viagem.
Com a implementação do projeto Bicicletas para a Educação, centenas destes alunos vão melhorar a sua qualidade de vida e ganhar tempo para aceder à sua formação, continuar a ajudar nas tarefas familiares e a viver um pouco melhor.
O projeto já está em curso. Os aldeões e o pessoal docente trataram de construir a oficina. Eles escolheram um mecânico que nas próximas semanas receberá formação do Idy, o chefe dos mecânicos. Já receberam a sua primeira baobike, que será para estudantes do ensino básico e secundário. A localização das escolas permitiu fazer um projeto conjunto, no qual ambos os centros (escola e instituto) partilharão as formações, as despesas e a gestão.
A Trek e a organização Bicicletas sem Fronteiras partilham um objetivo comum: Melhorar a vida das pessoas através das bicicletas
Para participar e colaborar neste belo projeto podes fazê-lo através das BICICLETAS SEM FRONTEIRAS
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